O Governo de Moçambique anunciou a intenção de reduzir e, a médio prazo, eliminar a importação de produtos agrícolas da África do Sul, com o objetivo de fortalecer a produção nacional e garantir a autossuficiência alimentar do país.
A medida surge num contexto em que Moçambique continua a depender fortemente do mercado sul-africano para o abastecimento de produtos básicos como tomate, batata-reno, cebola, alface e frutas tropicais, o que tem impacto direto nos preços e na balança comercial.
Durante uma conferência realizada em Maputo, o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, destacou que o Governo está a implementar novos programas de apoio aos produtores locais, incluindo subvenções para sementes, fertilizantes e sistemas de irrigação, bem como investimentos em estradas rurais para facilitar o escoamento da produção.
“Não faz sentido continuarmos a importar produtos que podemos produzir em abundância no nosso território. O foco é apoiar o agricultor moçambicano e valorizar o que é nosso”, afirmou o ministro.
O plano inclui também a criação de zonas agrícolas estratégicas nas províncias de Manica, Nampula e Zambézia, regiões com grande potencial para abastecer o mercado interno e reduzir gradualmente a dependência de importações.
No entanto, analistas alertam que o sucesso da medida depende de investimentos sérios em infraestruturas, logística e formação técnica, para garantir a competitividade dos produtos nacionais face aos importados.
Se for bem-sucedida, a estratégia poderá gerar milhares de empregos no setor agrícola e impulsionar o crescimento económico das zonas rurais, promovendo maior estabilidade nos preços e no fornecimento de alimentos.
Título alternativo sugerido:
➡️ “Moçambique quer pôr fim à dependência agrícola da África do Sul”
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